CMPC alcança marca histórica no processo de caustificação em parceria com a Valmet
Colaboração entre as empresas reduziu em 34% a carga morta no processo com a implementação de Controles Avançados de Processos
O grande desafio da indústria brasileira para a próxima década será adequar suas operações de forma que os conceitos ESG sejam cada vez mais aplicados à rotina do trabalho, enquanto a velocidade do crescimento da produtividade cresça na mesma proporção. Esse tem sido um constante debate no setor como um todo, e foi tema do levantamento “Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022”, desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que elencou 11 fatores-chaves para o Brasil ganhar competitividade em uma realidade mais sustentável.
Neste cenário, o segmento de papel e celulose não ficou para trás, e tem dado bons exemplos de como inovar e buscar soluções inteligentes e tecnológicas. Prova disso é a recente parceria entre a Valmet, líder mundial no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, e a CMPC, em Guaíba, a maior indústria do Rio Grande do Sul que teve expressivo crescimento econômico nos últimos anos e se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade.
“Temos o compromisso em conservar os recursos naturais, com práticas de gestão ambiental e energética adequadas em todos os seus processos produtivos. Por isso, buscamos soluções inovadoras e duradouras para o desenvolvimento de projetos de melhorias”, explica Ronaldo Lesnik, Coordenador de Produção da CMPC.
Com essa visão, o corpo técnico da CMPC identificou o potencial de reduzir a carga morta da fábrica utilizando o Controle Avançado da Caustificação, uma ferramenta de Internet Industrial da Valmet. Recentemente, o processo atingiu máxima conversão de Na2CO3 (carbonato de sódio) em NaOH (hidróxido de sódio) e reduziu em 34% a carga morta durante o processo.
Nesta implementação, uma das ferramentas oferecidas pela Valmet é apoio técnico a partir da plataforma Valmet Performance Center, onde os especialistas trocam experiências e trazem todo o know-how de processo para as práticas de Automação. Outro diferencial é o suporte de um engenheiro residente na fábrica, o que acelerou os resultados do projeto.
“Desde o início dos trabalhos até agora, a carga morta foi reduzida e obtivemos melhor aproveitamento dos recursos, objetivos estratégicos e de sustentabilidade da empresa. No último relatório mensal, por exemplo, foi possível constatar o alcance de uma marca histórica para a fábrica. Durante todo o mês, manteve-se a eficiência em nível ótimo e com um desvio padrão baixo, o que garante tranquilidade para a operação, que pode almejar um patamar elevado de conversão da reação de caustificação sem correr o risco de overliming”, complementa Lesnik.
“O trabalho desenvolvido em conjunto com a CMPC mostra um novo foco dos controles avançados, antes configurados para redução de custos e aumento de produção, agora também integram aspectos que visam otimizar os indicadores ambientais e de sustentabilidade da planta. A união entre automação e processo torna-se cada vez mais relevante para implementar esse tipo de solução”, conclui Nathália Leme, Gerente de Aplicações da Valmet.
Com esse resultado, a CMPC se torna um exemplo de benchmarking a ser seguido. Engajado com os valores da empresa, o grupo segue trabalhando para que os marcos alcançados sejam mantidos ou superados.